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Atendimento

Pertenço a:

Este especialista em cultura maia explica o que  esta civilização escreveu para o ano, com lucidez e sabedoria

PROFECIA MAIA


Há quinze anos atrás, Fernando Malkun, barranquillero ( natural de Barranquilla, uma cidade da Colômbia) de origem libanesa, deixou a arquitetura que tinha estudado na Universidade de los Andes, e a qual havia se dedicado por  quase uma década, para responder às perguntas que se atravessaram em sua vida. Durante esse tempo, ele se encontrou com a cultura Maia e dedicou-se completamente ao seu estudo. Hoje é um especialista no tema, com reconhecimento internacional e continua viajando pelo mundo  explicando a mensagem que esta civilização deixou para os seres humanos.
. Os maias disseram que o mundo iria acabar em 2012?

- Estão gerando um pânico coletivo absurdo aduzindo que eles tinham anunciado que o mundo iria acabar em dezembro de 2012. Não é verdade. Os Maias nunca usaram a palavra fim.  Anunciaram um momento de mudança, de grande aumento de energia do planeta, o que causaria ?eventos de destino?, isto é, definitivos, nas pessoas. O problema é que o nível de consciencia da maioria das pessoas atinge apenas o fim do mundo e não a transformação de consciencia.

. Quando isso vai acontecer?

- Não vai acontecer, está acontecendo. As pessoas não estão juntando todas as peças do quebra-cabeças para perceber isso. Acreditam apenas que estes eventos atuais são causados por um conjunto de ?coincidencias? evolutivas. Mas estamos em uma onda de mudanças como nunca antes.

. O que se percebe, segundo o que é dito pelos Maias?

- A profecia anunciou que o planeta  aumentaria a sua freqüência vibracional, o que é um fato: esta freqüência, que  se mede com a ressonância Schumann, passou de  8 a 13 ciclos. Todos os planetas do sistema solar estão mudando. De 1992 até hoje, os pólos de Marte desapareceram  60 por cento e Vênus tem quase o dobro de luminescência. Passamos 300 anos registrando o Sol e as tempestades solares maiores têm ocorrido nos últimos seis meses. Houve um aumento de terremotos de 425 por cento. Tudo está  acelerado dos pontos de vista geofísico e solar. Nosso cérebro, que irradia  suas próprias ondas, é afetado por essa maior irradiação do sol. Essa carga eletromagnética é o motivo por que  sentimos o tempo mais rápido. Não é o tempo físico, mas o tempo de percepção emocional.

. Fale sobre 1992. Por que este ano? O que aconteceu ?

- A essência das profecias maias é comunicar a existência de um ciclo de 26.000 anos, chamado ?o grande ciclo  cósmico?. Tudo, estações, meses, dias se ajustam a esse ciclo. Há 13 mil anos atrás, o sol ?assim como agora- irradiou mais energia no planeta e derreteu a camada de gelo . Essa camada desaguou no mar, elevou o seu nível em 120 metros e ocorreu o chamado ?Dilúvio Universal ?. Os Maias disseram que quando o sistema solar estiver  novamente a 180 graus de onde estava a 13.000 anos atrás, a Estrela do Norte brilha sobre o pólo, a constelação de Aquário aparece no horizonte e o trânsito décimo terceiro de Vênus se der ?  o que vai acontecer em 6 de junho de 2012 ? o centro da galáxia pulssará  e haverá manifestações de fogo, água, terra, ar. Eles falam, especificamente, de dois períodos de vinte anos , de 1992 a 2012 e 2012-2032 ? de intensas mudanças.

. Por que anunciavam isso?

- A proximidade da morte faz com que as pessoas repensem suas vidas, examinem e corrijam a direção que tomam. Isso é algo que ocorre somente se algo se aproxima de você, ou você passa diretamente, te impacta tremendamente. Isto é o que tem acontecido com os tsunamis,os terremotos, as catástrofes naturais de que vivemos, os conflitos sociais, economicos, etc.

. Então, eles falam de morte.
- Eles falam de mudança, de um despertar da consciência. Tudo o que está errado com o planeta está se potencializando com o objetivo de que a mente humana se dedique a resolvê-lo. Há uma crise de consciência individual. As pessoas estão vivendo ?eventos de destino?, seja em seus relacionamentos, seus recursos, em sua saúde. É um processo de mudança que se baseia principalmente no desdobramento invisível, e está afetando em especial  à mulher.

. Por que as mulheres?

- A mulher é quem terá o poder de criar a nova era, devido à sua maior sensibilidade. De acordo com as profecias -  não só as maias, mas muitas-,  a era que se aproxima é de harmonia e espiritualidade. As coisas que estão mal vão se resolver no período que os Maias chamaram de ?tempo do não tempo?, que será de 2012-2032. Desde 1992, o percentual de mulheres que vêem a aura (seres curadores) do planeta tem aumentado. Hoje, é de 8,6 por cento. Imagine que em 2014 seja de 10 por cento. Isso significaria o início de um período mais transparente. Essa seria a direção da mudança não violenta.

. Mas o que se vê hoje é um aumento na agressividade ?.
- As duas polaridades são intensificadas. Estão abertos os dois caminhos, o negativo, escuro, destruição, de  confronto do homem com o homem; e o de crescimento da consciência. Existem várias vozes que estão levando os seres humanos a pensar sobre isso. Desde 1992, as informações proibidas dos gnósticos, dos maçons, dos Illuminati, estão abertas para que se utilize  no processo de mudança de si mesmo. A religião esta acabando e a religiosidade é que irá permanecer.

. Tudo isso , os Maias deixaram de escrito, assim específico?

- Não a esse ponto. Eles disseram que o sol iria mudar as condições do planeta e criar ?eventos de destino ?. O sol bateu todos os recordes este ano. Os  Terremotos aumentaram 425 por cento. A mudança de temperatura é muito intensa: de 92 para cá aumentou quase um grau, o mesmo que  subiu nos últimos 100 anos anteriores. Antes, havia 600 ou 700 tormentas elétricas simultâneas, hoje há duas mil. Antes se registravam  80 raios por segundo, agora caem entre 180 e 220.

. Como eles sabiam que isso ia acontecer?

- Eles tinham uma tecnologia extraordinária. Em suas  pirâmides havia altares de onde eles estudaram o movimento do sol no horizonte. Produziam gráficos com os quais sabiam quando haveria as manchas solares, quando aconteceriam tempestades elétricas. Foi um conhecimento que receberam dos egípcios, que, por sua vez, o receberam dos sacerdotes sobreviventes da Atlântida, civilização destruída 13.000 anos atrás. Os Maias  aperfeiçoaram o conhecimentos e foram os criadores dos calendários mais precisos. Um deles, chamado ?Conta larga? termina em 21 de dezembro de 2012, e marca o ponto do centro exato do período de 26.000 anos. Eles sabiam que essas mudanças estavam vindo e o que eles fizeram foi dar essa informação para o homem de 2012.

. Será que estas mudanças só foram levantadas por eles?
- Todas as profecias falam da mesma coisa. Os hindus, por exemplo, anunciam o momento de mudança e falam sobre a chegada de um ser extraordinário qual o mundo ocidental cristão apregoa. Os Maias nunca falaram de um ser extraordinário que viria para nos salvar, mas falaram de crescer em consciência e assumir a responsabilidade, cada ser na sua individualidade.
. E se as pessoas não acreditam nisso?
- Acreditando ou não, vai  senti-lo no seu interior. A mudança que estamos vivenciando não é algo de se acreditar ou não. Neste momento, a maioria está vivendo um tempo de avaliação de sua vida. Por que estou aqui, o que está acontecendo, para onde eu quero ir? Basta olhar o crescimento da busca de espiritualidade, não de religiosidade, porque a religião não está dando mais respostas às pessoas.

. A sua vida pessoal mudou?

- Há quinze anos atrás, eu era tremendamente materialista. Minha conduta é muito diferente hoje. Eu me perguntei por que  estava aqui, para quê, e por razões especiais acabei metido no mundo Maia. E posso afirmar que não se tratam de crenças falsas para substituir crenças falsas. Tirei muitas histórias da minha mente, mas eu ainda estou no terceiro nível de consciência, que é dominante no planeta.
. Quem está mais em cima?

- Há pessoas que estão em um nível 4 ou 5. São as menos famosas, de perfil baixo. Em uma viagem  conheci um jardineiro extraordinário, por exemplo. Estes seres estão em serviço permanente, afetando a vida de muitas pessoas, mas não publicamente.

. O que devemos fazer, de acordo com essa teoria?

- O universo está nos dando uma oportunidade individual para reestruturar nossas vidas. A maneira de sincronizar-nos é, primeiro, não ter medo, perceber que podemos mudar nossa consciência. A física quântica já disse: a consciência modifica a matéria. O que significa que sua vida depende daquilo que você pensa.. A distância entre causa e efeito tem diminuído. Há vinte anos atrás, para que se manifestasse algo em sua vida, necessitava-se  de muita energia. A vinte anos atrás qualquer fator de punição de um ato maldoso ganhavam-se os anos para receber alarde. Hoje tudo ganha destaque rápido. A corrupção pelo mundo a fora tem ganhado destaque internacional. As ditaduras estão caindo. As religiões estão a cada dia mais problemáticas, Hoje, você pensa algo e em uma semana está acontecendo. Sua mente causa isso. O que devemos é buscar, as respostas estão aí. Basta ter olhos para ver e ouvidos para ouvir.
Fernando Malkún


 

 

O barulho da carroça...
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve  em uma  clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia....
Perguntei ao meu pai:
Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo, e querendo demonstrar que é o(a) dono(a) da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...


 

TOALHA DE MESA

Um novo pastor, recentemente formado, e sua esposa, que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn, NY, chegaram no início de outubro, entusiasmados com a oportunidade.

Quando viram a igreja, observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito.

Sem se deixar abater, estabeleceram como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal.
Trabalharam sem descanso, consertando o telhado... refazendo o piso... pintando... e, muito antes do Natal, em 18 de dezembro, tudo estava pronto!

Mas, no dia seguinte, 19 de dezembro, desabou uma terrível tempestade, que se alongou por dois dias. No dia 21, o pastor foi até a igreja. Seu coração doeu... viu que o telhado tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado, da parede do santuário, logo atrás do púlpito, havia caído. O pastor, enquanto limpava o chão, pensava em como resolver a situação.

No caminho de casa, pensando adiar o culto de Natal, observava as vitrines, enfeitadas para a época, quando notou um bazar beneficente e parou por instantes.

Uma linda toalha de mesa, de crochê, na cor marfim, com um crucifixo delicadamente bordado no centro chamou-lhe a atenção. Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja.

Começou a nevar. Apressou seus passos e, quando chegava à porta da igreja, uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus, o que não conseguiu.

O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo, abrigando-se do frio. Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede. Ao terminar, afastou-se e pôde admirar o quanto a toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago.

Então, o pastor notou a velha encaminhando-se para ele. Seu rosto estava lívido e perguntou:
- Pastor, onde o senhor encontrou esta toalha de mesa?

O pastor contou a história. A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG bordadas. O pastor fez o que a mulher pediu e, intrigado, confirmou.
A mulher disse:
- Estas são as minhas iniciais.
E contou que fez esta toalha de mesa há 35 anos, na Áustria. Contou que, antes da guerra, ela e seu marido eram "bem-de-vida". Quando os nazistas invadiram seu país combinaram fugir; ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois. Ela foi capturada, trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.

O pastor ofereceu a toalha, mas, ela recusou, dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo, ofereceu-se para levá-la até sua casa; era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia em Brooklin para um serviço de faxina.

No dia de Natal a igreja estava quase cheia. Foi um lindo trabalho.
Ao final, o pastor e sua esposa cumprimentavam os fiéis que iam saindo, quando notaram um velho homem, que o pastor reconheceu pela vizinhança, sentado, atônito. O pastor aproximou-se e, antes que dissesse palavra, o velho perguntou:

- Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede? Ela é idêntica a uma que minha mulher fez, muitos anos atrás, quando vivíamos na Áustria, antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas?

Imediatamente, o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse:
- Venha... eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito.

No caminho, o velho contou a mesma história da mulher. Ele, antes de poder fugir, há 35 anos, também havia sido preso e nunca mais viu sua mulher ou sua casa.
Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher, três dias antes, ajudou o velho a subir os três lances de escadas e bateu na porta.

Creio que não há necessidade de se contar o resto da história. Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa?
***
Extraído do site http://www.novaera.org/
POSTADO POR CIGANA GABRIELA ÀS 19:03


 

 

DESABAFO


 

"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com  nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?


 

Nossa língua portuguesa !
Imaginem explicar isto para um estrangeiro.
Esse texto é uma verdadeira delícia...uma graça...
Muito bem bolado!!!

Autor: Guaraci Neves
Pergunta:

Alguém sabe me explicar, num português claro e direto,sem figuras de linguagem, o que quer diz
er a expressão:
“no frigir dos ovos”?
Resposta:
Quando comecei, pensava que escrever sobre comida, seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos.
Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.
E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.
Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.
Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote.
Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.
O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.
Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco…
A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.
Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda..
Entendeu agora o que significa “no frigir dos ovos”?

Chorar não resolve; falar pouco é uma virtude; aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo; e o que não mata com certeza fortalece. Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer, a vida continua. Para qualquer escolha se segue alguma consequência. Vontades efêmeras não valem a pena. Quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal. Quem te merece não te faz chorar, porque quem gosta cuida. O que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente. Não é preciso perder para aprender a dar valor. E os amigos ainda se contam nos dedos. Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos. —


Conto de Natal


Está rolando na internet este Conto de Natal, do promotor aposentado Ivar Hartmann, publicado no NH, Jornal de Novo Hamburgo, RS, mês passado. Vale a leitura.
" Os parlamentares brasileiros certamente não apanharam nem foram castigados quando eram pequenos. Porque, se o tivessem sido, talvez não dessem demonstrações tão grandes de mau caráter. Ou, ao contrário, eram tão ruins que não adiantaram os exemplos paternos. E se criaram como esta gente que aí está. Personagens do Dia das Bruxas e não do Natal.Mas vamos a minha história. Contaram-me como verdade. Repasso acreditando.
Época de Natal quando tudo deve ser fraternidade, alegria, educação, amor ao próximo. Em um grande supermercado de Novo Hamburgo, na fila do caixa, um senhor era atormentado pelo carrinho de trás. Empurrado por um menor, sob os olhares complacentes da mãe, a criança empurrava o veículo p

ara frente e para trás, tendo como alvo as canelas do infeliz cliente. Com justa irritação, após várias batidas, o homem virou-se para reclamar da postura do menino. E ao dialogar com a mãe do mesmo, chamou a atenção dos demais presentes à fila ou nas filas ao lado. Longe de simplesmente agradecer a reclamação e tomar as providências que o caso merecia, a mulher saiu-se com esta: “Meu filho ainda é pequeno e

estou criando ele com liberdade!” Uma afirmação desta natureza é uma aberração e, claro, todos se espantaram e aguçaram os ouvidos. O próximo passo seria o cidadão dar um puxão de orelhas no moleque. No moleque, mas quem merecia era a mãe, pensavam…
E aí, a surpresa foi geral. Atrás, na fila, havia outro homem que resolveu bancar o Papai Noel. O bom velhinho que educa as crianças e exempla os pais quando necessário. Pois este, sem maiores delongas, abriu a embalagem de ovos que levava, tirou um deles e simplesmente encostou-o na cabeça da distinta dama, esmagando-o… Vocês podem imaginar? Eu fiquei imaginando e disse que não podia ser verdade! Mas havia uma testemunha presencial. E a história continuou: espantada com a ação, a clara e a gema escorrendo pelos seus cabelos, a mulher virou-se para trás aos gritos:
- Mas o que o senhor está pensando?
E o cidadão, comprazido:
- Eu também fui educado com liberdade!
E então, como pano de fundo desta história destes dias de Natal em supermercados, a platéia presente iniciou uma salva de palmas, enquanto a mulher, deixando seu carrinho para trás, fugia para o estacionamento… Estas coisas é que fazem falta no Brasil. Bendito Natal."

SIGNIFICADO DA PALAVRA "ELITE" A QUEM SABE DESIGNAR
por Lourenço Nisticò Sanches



(recebi de Jefferson Severino)

Há algumas poucas semanas fui motivado por uma amiga – sem que ela o soubesse – a me deter a respeito do tema que intitula este singelo escrito.

Ao ler este texto, desde logo, transmito-lhe meus agradecimentos.

O termo fora colocado naturalmente em mensagem que ela me endereçou e, confesso, trouxe-me certo desconforto. Resolvi então me aprofundar mais e pesquisar de forma mais consistente o que eu já suspeitava estivesse ocorrendo.

Constatei que o desvirtuamento que foi conferido à palavra elite é imenso e, no meu entender, propositalmente “construído” para que se transformasse em um adjetivo que enseja pecha a quem o recebe... Senão vejamos:  

No dicionário Aurélio, encontramos a seguinte definição: "Elite: O que há de melhor numa sociedade ou num grupo social. Escol".

No dicionário Priberam: “O que há de melhor e se valoriza mais numa sociedade”;

No dicionário online português: “O que há de melhor numa sociedade; o escol, a flor, a nata.

Interessante, até o momento não observei nenhuma novidade, aliás, acredito que as pessoas minimamente cultas devem obrigatoriamente concordar com essas definições, mas..., quando o enfoque transborda do trivial para questões de ordem político-ideológicas, é aí que nos deparamos com o aviltamento.

Acessando o site da Wikipédia e verificando as transformações que o sentido sociológico imprimiu na palavra elite então passamos a entender a malevolência de certos indivíduos quando a utilizam com propósitos de domínio, quer pela força, quer – mais modernamente, como argumento político-eleitoreiro desprovido de qualquer solidez.

Leia-se a seguir a cópia digitalizada autêntica do texto encontrado: Wikipédia (Sociologia)

“Segundo Thomas Bottomore, a palavra elite (do francês élite, substantivação do antigo particípio passado eslit, de élire 'escolher, eleger', este do latim vulgar exlegere, do latim clássico eligere, 'escolher') era usada durante o século XVIII para nomear produtos de qualidade excepcional. Posteriormente, o seu emprego foi expandido para abarcar grupos sociais superiores, tais como as unidades militares de primeira linha ou os elementos mais altos da nobreza. Assim, de modo geral, o termo 'elite' designa um grupo dominante na sociedade ou um grupo localizado em uma camada hierárquica superior, em uma dada estratificação social.

A teoria das elites foi plasmada no pensamento de Gaetano Mosca, com sua doutrina da classe política; Vilfredo Pareto, com sua teoria da circulação das elites, na qual utiliza o termo 'elite' como uma alternativa ao conceito de classe dominante de Karl Marx; Robert Michels, com sua concepção da lei de ferro da oligarquia.


Charles Wright Mills utiliza o termo para referir-se a um grupo situado em uma posição hierárquica superior, numa dada organização, dotado de poder de decisão política e econômica. Robert Dahl descreve a elite como o grupo minoritário que exerce dominação política sobre a maioria, dentro de um sistema de poder democrático.

Elite pode ser uma referência genérica a grupos posicionados em locais hierárquicos de diferentes instituições públicas, partidos ou organizações de classe, ou seja, pode ser entendido simplesmente como aqueles que têm capacidade de tomar decisões políticas ou econômicas.

Pode ainda designar aquelas pessoas ou grupos capazes de formar e difundir opiniões que servem como referência para os demais membros da sociedade. Neste caso, elite seria um sinônimo tanto para 'liderança' quanto para 'formadores de opinião'.

Outra forma de identificar uma elite é aproximando-a da categoria 'classe dirigente', ou seja, um intelectual orgânico, tal como definido por Gramsci. Neste caso, a idéia de formação da opinião pública é substituída pela idéia de construção ideológica, entendida como a direção política em um dado momento histórico. Sob este aspecto, a elite cumpriria também o papel de dirigente cultural.”


Ora, quem sabe bem absorver o que está lendo percebe de pronto os “dedos” de que personagens estão impressos nesse desvirtuamento!

Diferentemente do significado real, grupos de indivíduos passaram a utilizá-la para cativar a “massa popular” e apresentar a ela um inimigo comum, e único, responsável por suas mazelas: a elite !


Ao nos inteirarmos dos métodos recomendados para a conquista e o domínio do povo, encontramos Joseph Goebbels – ex-ministro de propaganda de Hitler, como aluno aplicado das recomendações constantes da obra intitulada “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel. A conhecida estratégia do inimigo único!


Certamente é com essa “retórica” que indivíduos inescrupulosos (para se dizer o mínimo) e amorais se aproveitam para despejar sua cantilena aos povos de países cuja população ainda claudica no conhecimento e na cultura.


O que me causa estranheza, senão espanto – sem dúvida, é o fato de que pessoas ditas letradas, e que possuem um “canudo” embaixo do braço (mesmo que seja um “canudinho”), deixam-se aparvalhar como se fossem mamulengos e de forma papagaial repetem:


É tudo culpa da elite!


É extremamente bisonho, e até dá vontade de chorar!

Recordo-me que alguns meses passados desenvolvi um escrito, lastreado em pesquisa, quando desmascarei “Che Guevara”, mitificado pelos “marketeiros” do Kremlin da antiga União Soviética, com a frase “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura..., jamás” ! Pois sim, indivíduo sanguinário, assassino e malcheiroso que os comunistas dele serviram-se para iludir e tentar “vender” sua falida ideologia mórica.

Por fim cabe enfatizar que para mim se configuram indivíduos “de elite” todos aqueles que, com seu denodado esforço, conseguiram sair do lugar comum, que se destacaram em suas atividades, que nortearam suas vidas com moral ilibada e honradez, independentemente do nível de cultura conquistado, visto que estamos nos referindo a valores que ultrapassam em muito os sabichões que buscam tão somente tirar proveito de sua “fala fácil” e descompromissada, mas que lamentavelmente empolgam temporariamente as multidões que lhes dão ouvidos, assim como ocorre atualmente no Brasil em relação ao expoente maior do “alcunhado” partido dos trabalhadores.

Trabalhadores somos todos nós que ganhamos honradamente o sustento e não os chicaneiros e bravateiros que se aproveitam de alguma característica que os distingue para ludibriar toda uma nação, inclusive àqueles que possuem algum conhecimento, mas que por absoluta preguiça mental e falta de raciocínio, engrossam a turba dizendo, quero mais..., mais engodo..., mais bravata..., mais mentira..., mais corrupção..., e disso não se dão conta, mas quando vierem a se aperceber constatarão o enorme equívoco cometido.

Certamente essas pessoas que se deixam enganar tão facilmente não podem jamais se constituir em pessoas de elite, de escol, aquelas que conseguem usar a razão e, com a cultura adquirida colocá-la em benefício de si e da sociedade buscando dar sua efetiva contribuição para elevar o nível de nosso já tão explorado povo!

Mamulengos não podem ser pessoas de elite, pois pertencem à vala comum, aquela que sempre foi explorada pelos aproveitadores - ou que se deixaram explorar - muitos dos quais eram em sua época donos do capital, e atualmente são identificados pelos bravateiros que normalmente se encontram de copo na mão fumando charutos cubanos.

Que pena!



--

Quem dobrou seu pára-quedas?

Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã.

Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.

Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.

Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:

"Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é
mesmo?"

"Sim, como sabe?", perguntou Plumb.

"Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é
verdade?"

Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:

"Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje."

Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:

"Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom Dia?

Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro."

Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não  conhecia.

Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia:

"Quem dobrou teu pára-quedas hoje?".

Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante.

Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.

Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno  sem que lhes tenhamos pedido.

Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável.

Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu pára-quedas, e agradece-lhe.

Ainda que não tenhas nada de importante a dizer, envia esta mensagem a quem fez isto alguma vez.

E manda-a também aos que não o fizeram.

As pessoas ao teu redor notarão esse gesto, e te retribuirão preparando teu pára-quedas com esse mesmo afeto.

Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes tua gratidão.

Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples.

Experiência religiosa na carta da Vovó

Querido neto,

Acabei de ter uma experiência religiosa incrível e eu estou escrevendo para compartilhá-la com você.
Hoje de manhã fui a uma livraria cristã e me chamou a atenção um adesivo para carro que dizia:
'TOCA A BUZINA SE AMAS A DEUS'.

As pessoas ficam tão estressadas no trânsito, pensei, então eu decidi comprá-lo e pregá-lo no para-choque do meu carro. Assim, quem sabe, as pessoas despertem sua consciência religiosa quando estão dirigindo.

Ao sair com o carro, cheguei a um cruzamento de duas avenidas que estavam entupidas de carros. A temperatura exterior era de 37 graus e meu carro, você sabe, não tem ar condicionado. Para piorar mais a situação era hora de saída das escolas. Fiquei um tempão parada esperando o farol vermelho abrir, pensando no Senhor, no amor que sinto por Ele e em todas as coisas boas que Ele nos tem dado.
Não me dei conta que o farol tinha mudado para o verde, e foi aí que descobri como existem muitas outras pessoas neste mundo que também amam ao Senhor, porque imediatamente começaram a tocar as buzinas... Foi uma experiência maravilhosa!
A pessoa que estava logo atrás do meu carro era sem dúvida muito religiosa, já que tocava a buzina sem parar e gritava: “Vamos, pelo amor de Deus...!!!”.
Acho que influenciados por ele, todos os outros carros começaram a tocar a buzina. Eu sorri e abaixei o vidro para saudá-los com a mão através da janela, totalmente emocionada.
Vi que outro rapaz muito simpático me saudava de uma maneira muito particular levantando só o dedo médio da mão. Eu perguntei ao Betinho, filho da sua tia Marisa, que estava comigo, o que queria dizer esta saudação.
Ele me explicou que era 'uma saudação havaiana' de boa sorte.
Aproveitando que o trânsito continuava parado, coloquei minha mão para fora da janela e saudei a todos da mesma maneira.
Seu primo morria de rir, feliz com a bela experiência religiosa que eu estava vivendo.
Dois homens desceram de um carro próximo do meu e vieram em minha direção.. Enquanto eles se aproximavam pensei no poder que tinha um simples adesivo e já me preparava para rezar com eles ou para perguntar qual era a igreja que eles frequentavam, mas não deu tempo. Foi neste momento que reparei que o farol estava verde para mim.
Então, saudei a todos os meus irmãos e irmãs e passei o semáforo.
Depois de cruzar, notei que o único carro que havia podido passar era o meu, já que o farol ficou logo vermelho. Aí eu me senti triste de deixá-los para trás depois de todo o amor que havíamos compartilhado. Resolvi então parar o carro, abaixei o vidro mais uma vez e saudei a todos com a ‘saudação havaiana’ e fui para casa.
Rezo por todas essas almas tão boas e me sinto revigorada por saber que ainda existem tantas pessoas que amam a Deus.

Beijos, da tua avó.

 

 

Uma fábula a álcool
Celio Pezza

Era uma vez, um país que disse ter conquistado a independência energética com o uso do álcool feito a partir da cana de açúcar.

Seu presidente falou ao mundo todo sobre a sua conquista e foi muito aplaudido por todos. Na época, este país lendário começou a exportar álcool até para outros países mais desenvolvidos.

Alguns anos se passaram e este mesmo país assombrou novamente o mundo quando anunciou que tinha tanto petróleo que seria um dos maiores produtores do mundo e seu futuro como exportador estava garantido.

A cada discurso de seu presidente, os aplausos eram tantos que confundiram a capacidade de pensar de seu povo. O tempo foi passando e o mundo colocou algumas barreiras para evitar que o grande produtor invadisse seu mercado. Ao mesmo tempo adotaram uma política de comprar as usinas do lendário país, para serem os donos do negócio.

Em 2011, o fabuloso país grande produtor de combustíveis, apesar dos alardes publicitários e dos discursos inflamados de seus governantes, começou a importar álcool e gasolina.

Primeiro começou com o álcool, e já importou mais de 400 milhões de litros e deve trazer de fora neste ano um recorde de 1,5 bilhão de litros, segundo o presidente de sua maior empresa do setor, chamada Petrobras Biocombustíveis. Como o álcool do exterior é inferior, um órgão chamado ANP (Agência Nacional do Petróleo) mudou a especificação do álcool, aumentando de 0,4% para 1,0% a quantidade da água, para permitir a importação. Ao mesmo tempo, este país exporta o álcool de boa qualidade a um preço mais baixo, para honrar contratos firmados.

Como o álcool começou a ser matéria rara, foi mudada a quantidade de álcool adicionada à gasolina, de 25% para 20%, o que fez com que a grande empresa produtora de gasolina deste país precisasse importar gasolina, para não faltar no mercado interno. Da mesma forma, ela exporta gasolina mais barata e compra mais cara, por força de contratos.

A fábula conta ainda que grandes empresas estrangeiras, como a BP (British Petroleum), compraram no último ano várias grandes usinas produtoras de álcool neste país imaginário, como a Companhia Nacional de Álcool e Açúcar, e já são donas de 25% do setor.

A verdade é que hoje este país exótico exporta o álcool e a gasolina a preços baixos, importa a preços altos um produto inferior, e seu povo paga por estes produtos um dos mais altos preços do mundo.

Infelizmente esta fábula é real e o país onde estas coisas irreais acontecem chama-se Brasil.

CELIO PEZZA é escritor


 

 

Providencial e louvável sentença!

"Você" ou "Doutor" ?  Ou seria Vossa Excelência ?

UMA VERDADEIRA AULA DE DIREITO E DE PORTUGUÊS !

LEMBRAM DO JUIZ QUE ENTROU NA JUSTIÇA CONTRA O CONDOMÍNIO EM QUE MORA, POR CAUSA DO TRATAMENTO DE "'VOCÊ" DADO PELO PORTEIRO?

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - COMARCA DE NITERÓI - NONA VARA CÍVEL

Processo n° 2005.002.003424- 4


S E N T E N Ç A

Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de "senhor".

Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de ' Doutor, senhor"  "Doutora, senhora", sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos. (...)

DECIDO: "O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter." (Noberto Bobbio, in "A Era dos Direitos", Editora Campus, pg. 15).

Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo.

Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito.

Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente.

Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude. Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida.

"Doutor" não é forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de 'doutor', sem o ser, e fora do meio acadêmico.

Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa e homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame.

Por outro lado, vale lembrar que "professor" e "mestre" são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. Embora a expressão "senhor" confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha  obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir.

O empregado que se refere ao autor por "você", pode estar sendo cortês, posto que "você" não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social. O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe "semi-culta" , que sequer se importa com isso.

Na verdade "você" é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso "Vossa Mercê". A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome "você", devem ser classificados como formais. Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de "seu" ou "dona", e isso é tratamento formal.

Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente. Na edição promovida por Jorge Amado "Crônica de Viver Baiano Seiscentista", nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que "você" é tratamento cerimonioso. (Rio de Janeiro, São Paulo, Record, 1999).

Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes. Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de "você" e "senhor" traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais.

Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.

Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor, julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa. P.R.I. Niterói, 2 de maio de 2005.

ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO

/Juiz de Direito/

NÃO É QUE, NESTE PAÍS AINDA EXISTEM JURISTAS HONRADOS E CULTOS!

Nem tudo está perdido...

 


A LIÇÃO DO CARVÃO

 

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

-Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito isso comigo....

Desejo tudo de ruim para ele. Quero matar esse cara!

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho

que continua a reclamar:

-O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

-Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amigo Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai, que espiava tudo de longe, aproxima-se do menino e lhe pergunta:

-Filho como está se sentindo agora?

-Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

-Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:

-Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

********

Moral da história:

Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.

Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.

Cuidados com suas ações; elas se transformam em hábitos.

Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.

Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.

SÁBIO GINECOLOGISTA

Uma mulher chegou apavorada no consultório de seu ginecologista e disse:
- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo...
O médico então perguntou:
- Muito bem.. O que a senhora quer que eu faça?
A mulher respondeu:
- Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.
O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher:
- Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.
O médico então completou:
- Senhora, para não ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, e terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque, sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...
A mulher apavorou-se e disse:
- Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime horrível.
- Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito. Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar uma criança que nasceu e matar uma ainda por nascer -
ambas estão vivas!!!


 

 

Terapia do Elogio – Você é tudo de bom!


Estar em dia com nossa auto estima é muito importante! Mas…receber um elogio é melhor ainda! Palavras de carinho, reconhecimento e conforto muitas vezes resgatam  o amor próprio e nos fazem sentir muito melhor. Você já elogiou alguém hoje? Retribuiu um sorriso? Experimente e perceba como é bom! Separamos artigo do psicólogo Arthur Nogueira que trata deste assunto. Boa leitura!

TERAPIA DO ELOGIO
Arthur Nogueira (Psicólogo)

Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente
pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada
vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,
só se ouvem críticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se
desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os
relacionamentos de hoje não duram. A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e
alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,
não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos
mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que
usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem
a obrigação de cuidar do corpo, do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de
diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios.

Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem
dentro de casa. Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos,subordinados.
Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos
parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser
reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa
mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher
que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um
precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são
a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

O MUNDO DAS DROGAS NO BRASIL

(Copiei do site http://saintgermanchamavioleta.blogspot.com)

"A primeira condição para modificar uma realidade, consiste em conhecê-la."
(Eduardo Galeano)

Repasso-lhes uma abordagem longa, exaustiva, informativa e extremamente importante sobre o problema das drogas entre os brasileiros.
Entre os jovens, principalmente.
Um trabalho de esclarecimento e conscientização do Projeto Compaixão e Cidadania, identificado no final.
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Apresenta, sem apelação, o problema das drogas no Brasil. De forma objetiva, clara e a partir do enfoque de suas fronteitas geográficas com outros paíse da América do Sul.
"Acreditar que as forças policiais brasileiras, sozinhas, algum dia, conseguirão resolver o problema das drogas no Brasil, é ignorar as causas reais que alimentam a degradação moral, tráfico e o vício subsequente.
Em nosso complexo mosáico social há falhas que precisam ser discutidas e sanadas, caso queiramos uma sociedade soberana e livre.

As que merecem urgente atenção por levarem ao uso de drogas ilícitas:
1. O consumo precoce de Bebidas Alcoólicas;
2. Pobreza Moral e Cultural;
3. Qualidade da Programação Televisiva;
4. Materialismo e Consumismo desde a Infância;
5. Baixa Qualidade da Educação;
6. Corrupção Política;
7.Graves Desigualdades Sociais;
8.Criminalidade e Violência;
9. Individualismo Exacerbado e
10. O Grande Descaso com a Educação e a Infância no país."

Solicita-se divulgação para pais, responsáveis, diretores, coordenadores pedagógicos de estabelecimentos de ensino, professores e sociedade em geral.

Texto do PPS.

http://mail.terra.com.br/104.6trr/mime.php?file=2+-+Drogas.pps&name=2+-+Drogas.pps


DROGAS – uma guerra perdida?

Dos males da modernidade, talvez nenhum se equipare à ampla proliferação das drogas.
Vidas individuais e famílias reduzidas a farrapo e escombro diante do flagelo do vício.
Numa esquina qualquer, de uma cracolândia qualquer, de uma cidade brasileira qualquer, um jovem acende um cachimbo de crack.
Quantas vidas ainda serão reduzidas a farrapos, quantos destinos ainda haverão de se perder para sempre?

Para se entender a devastadora epidemia das drogas que assola a nossa sociedade, é preciso analisar o tema sob uma perspectiva mais ampla.
Não se pode abordar o tema sem fazer referência às nossas fronteiras nacionais.
No cenário da geopolítica global, o Brasil ocupa uma posição de relevância na complexa rede internacional do narcotráfico.

O país possui cerca de 15 mil quilômetros de fronteiras, com fiscalização muito deficiente ou mesmo inexistente,...
...e alguns países vizinhos elencados entre os maiores produtores mundiais de drogas.
Colômbia Maior produtor mundial de cocaína, com 68 mil hectares de cultivo de coca.
Colômbia Peru Segundo maior produtor de cocaína, com 59,9 mil hectares. Seguida a tendência atual, deverá superar a Colômbia nos próximos anos. (68 mil hectares)
Colômbia (68 mil hectares) Peru (59,9 mil hectares) Bolívia Terceiro maior produtor mundial de cocaína, com 30,9 mil hectares de cultivo de coca.

Colômbia (68 mil hectares) Peru (59,9 mil hectares) Bolívia (30,9 mil hectares) Paraguai Segundo maior produtor mundial de maconha, atrás apenas do México.
O que leva os países andinos a produzir tanta droga são essencialmente questões econômicas.
A maior parte dos que se dedicam aos cultivos não são narcotraficantes, mas produtores rurais miseráveis, vislumbrando um lucro superior ao que obteriam caso se dedicassem a plantações tradicionais de hortifrutigranjeiros.

O processo de refino, transporte e comercialização da droga tem rendido aos narcotraficantes lucros astronômicos. Segundo a ONU, o tráfico de drogas movimenta anualmente em todo o mundo cerca de 500 bilhões de dólares.

Grande parte da cocaína produzida nos países andinos atravessa as fronteiras rumo ao território brasileiro, seja para envio posterior à Europa e América do Norte, seja para distribuição no mercado nacional brasileiro.

O mapa ao lado mostra a extensão do limite fronteiriço do Brasil com os três maiores produtores mundiais de cocaína – responsáveis por praticamente 100% da produção mundial. O mapa permite visualizar a dimensão do problema que o Brasil enfrenta.
Este mapa mostra a dinâmica de distribuição da cocaína produzida pelos países andinos.
Grande parte da droga segue para a América do Norte, enquanto outra parte segue, via território brasileiro, para a Europa.

Uma crescente parcela da cocaína produzida se destina ao mercado consumidor brasileiro, que tem crescido consideravelmente nos últimos anos.
Num mundo globalizado, caracterizado pela fluidez das transações comerciais, o crime organizado segue suas atividades a pleno vapor.

Para ilustrar a dificuldade em se deter a atuação do crime organizado transnacional, vejamos o exemplo dos E.U.A.

Os E.U.A. têm enfrentado graves problemas de segurança na sua fronteira com o México, envolvendo principalmente organizações ligadas ao narcotráfico.
Apesar de dispor de uma polícia federal dedicada exclusivamente ao combate ao tráfico, e de ter os soldados mais bem treinados e equipados do mundo, eles tem falhado sucessivamente em evitar o ingresso de carregamentos de drogas em seu território.
Até apelaram para a construção de um muro físico que separa a divisa entre os dois países, noite e dia vigiado por um forte esquema de segurança.

Mas, vira e mexe, túneis por onde volumosos carregamentos de droga continuam passando livremente são descobertos.
Alguns especialistas sustentam que enquanto houver gente querendo consumir droga, os traficantes darão um jeito de garantir o lucro auferido com a venda.
Se a superpotência mundial não consegue cuidar de uma fronteira seca com um único país, que é muito mais um corredor do que produtor de drogas, imagine a situação nas fronteiras brasileiras, com suas dimensões continentais.

A fronteira brasileira com a Bolívia sozinha é mais extensa do que toda a faixa entre México e E.U.A.
Enquanto a fronteira entre México e E.U.A. é uma fronteira seca e desértica, a brasileira inclui a densa floresta amazônica, com seus mil rios, lagos e áreas pantanosas.
O próprio ministro da Justiça reconheceu recentemente que há um “nível elevado de vulnerabilidade” nas nossas fronteiras.

Outras autoridades apontam as fronteiras brasileiras entre as mais desguarnecidas do mundo.
Em 2010, foi lançado o livro-reportagem “Fronteiras Abertas – Um retrato do abandono da Aduana Brasileira”. O trabalho aborda como a falta de vigilância e fiscalização permite a entrada no país de armas, drogas, munições e produtos contrabandeados, além de facilitar o ingresso e a saída e a remessa ilegal de dinheiro que abastece toda rede de ilegalidades. de criminosos, veículos roubados

O livro – resultado de uma viagem de dez meses que os autores empreenderam por mais de 15.000 km de fronteira seca – narra um cenário de fronteiras sem dono.
A fragilidade de nossas fronteiras está diretamente relacionada à ampla circulação de drogas nas nossas cidades – uma triste e dura realidade com a qual convivemos e que nos desafia a buscar juntos alguma saída.

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios em 2010 constatou que 98% dos municípios do país enfrentam problemas de circulação e consumo de crack.
Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, a droga é hoje uma ameaça onipresente.
Já que a produção e comercialização das drogas encontram-se longe de serem adequadamente combatidas, vamos refletir um pouco sobre a outra ponta do processo do tráfico: o usuário.
O que é que leva uma pessoa a embarcar no risco suicida que as drogas representam? Os usuários podem ser agrupados em duas categorias básicas.

Moradores de rua e crianças e adolescentes em situação de risco social, que muitas vezes recorrem às drogas para amenizar a vivência de rua, e sua amarga rotina de fome e frio, abusos, privações, humilhações e violência. De um lado, temos a categoria de usuários formada pela parcela “invisível”, excluída, esquecida e ignorada da sociedade.

Nas décadas de 1980 e 1990, crianças de rua tinham na cola de sapateiro a principal droga de escolha. Cola de Sapateiro: Solvente e inalante, cujas substâncias básicas são o tolueno e o benzeno, depressoras do Sistema Nervoso Central.

A aspiração da cola de sapateiro causa euforia, desinibição, alteração das percepções, insensibilidade à dor, fome e cansaço. Pode causar alterações na respiração, culminando com a morte do usuário.
A sociedade civil também se fez de surda, tratando com frio descaso o abandono social. E dissemos: “Não é problema nosso tampouco.” Na época, políticos e governantes se fizeram de cegos diante do problema.
Disseram: “Não temos nada a ver com isso.”

Passaram-se duas décadas e o problema se agravou drasticamente.
Crianças e adolescentes ao relento e expostos às mazelas e durezas da vivência de rua, que ontem cheiravam cola, hoje se tornaram escravos de drogas muito mais devastadoras: o crack e o oxi.

Crack/Oxi: subprodutos da cocaína misturados a soda cáustica ou bicarbonato de sódio; – são cinco vezes mais potentes que a cocaína, produzindo dependência com muita facilidade.
A fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas, causando problemas respiratórios agudos. Produzem uma sensação de confiança, poder e excitação, seguida por um período de depressão, paranoia, com alucinações e delírios.
Não raro, tornam o usuário violento e suicida em potencial.

A expectativa de vida dos usuários gira entre quatro e oito anos, – crianças e adolescentes que não chegarão à idade adulta.
O tratamento para a recuperação de usuários é muito complexo, e o completo descaso e despreparo das instâncias públicas no trato da questão faz com que a reabilitação psicossocial seja uma possibilidade bastante remota.
A fuga. A ilusão de identidade, de satisfação, de plenitude.
A sensação de preencher o vazio, a fome e o abandono social.

Além dos moradores de rua, vítimas do abandono e descaso social, há uma outra categoria de usuários, formada por jovens que tiveram condições sociais privilegiadas.
Ao contrário da cruel invisibilidade social que acomete as camadas que sobrevivem à margem da sociedade, estes jovens têm nome e sobrenome, possuem lares, álbuns de fotografias, pais e famílias.

Tiveram acesso a boas escolas e a uma educação que teoricamente os deveria ter prevenido sobre a viagem geralmente sem volta que é o mundo do vício.
Não foi a miséria material que os empurrou para o vício, mas uma outra forma de miséria, a existencial e afetiva.
Cristiane Gaidies, conhecida pelo apelido de “Maçãzinha”, era uma jovem de cabelos cor de mel, olhos expressivos e sorriso claro.
Filha de uma psicóloga e um dentista, dormia até os 18 anos abraçada ao ursinho de pelúcia. Como tantas jovens de sua idade, gostava de ir a shopping centers, festas e shows de rock.

Aos 19 anos, abandona os amigos e envolve-se com maconha e crack.
A família tenta de tudo, – diálogos, terapeutas, psiquiatras, mudanças, internação numa clínica especializada. “ Ela sumia de casa, ficava vagando pelas ruas fumando crack e depois reaparecia parecendo uma mendiga”, lembra a mãe.

A ex-estudante de classe média torna-se aos 20 anos uma andarilha das ruas de São Paulo, uma nômade urbana, praticante de pequenos furtos para alimentar seu vício.
Numa noite, tenta roubar um toca-fitas, exigido por um traficante que a abastece.
É o preço da droga.
O dono do veículo, um jovem empresário, presencia a cena, e do alto do seu apartamento no 12º andar dispara contra o estacionamento do prédio com o objetivo de afugentar os ladrões.
O tiro, que era para ser de advertência, atinge em cheio a frágil jovem pelas costas.

Ela ainda se arrasta por 30 metros antes de cair sem vida no asfalto manchado de vermelho.
No bolso traseiro de sua calça levava um cachimbo de crack, feito de uma tampa de tubo de pasta de dente e uma antena oca de rádio de carro.
A outrora adolescente de cabelos cor de mel, olhos expressivos e sorriso claro passou seus últimos dias... ...num casarão abandonado, sujo e úmido, em companhia de prostitutas, travestis, mendigos e viciados.

Desde muito jovem Nelson dal Poggetto sabia o que era sofrer.
Aos 12 anos começou sua aflitiva jornada pelo mundo das drogas, iniciando com álcool e maconha, para em seguida passar para cocaína e crack.
Durante as recaídas, troca celular e outros pertences por droga, mergulhando num ciclo de depressão e arrependimento. Internado duas vezes, volta a fumar o cachimbinho de crack pouco tempo depois de receber alta.

Aos 19 anos, antes de cometer suicídio, deixa um bilhete de despedida para a família:... “ Amei muito vocês e vou tranquilo. Isso vai ser um alívio”.
Adriana de Oliveira era uma garota linda e cheia de sonhos, tida por todos que a conheciam como uma pessoa meiga, doce, brincalhona e amante da vida. Era boa aluna na escola, e tocava piano.

A jovem de 20 anos, de olhos azulados, pele morena e cabelos escorridos pelos ombros iniciava uma promissora carreira como modelo.
Parecia ser uma dessas pessoas abençoadas, para quem nada dá errado na vida.

No entanto, a vida de Adriana toma um outro rumo após o namorado, um rapaz que cursa o 3º ano de direito e filho de um bem-sucedido advogado, a apresentar ao mundo das drogas.
Quão tênue e vulnerável é a linha que separa a experimentação e o uso recreativo do risco potencial que as drogas representam.
Durante uma festa numa chácara, Adriana passa mal, sente dificuldades para respirar e apresenta um quadro convulsivo.
Ao ser transportada para o pronto-socorro já é tarde demais.

O laudo médico revela a causa da morte: – uma mistura fatal de álcool, maconha e cocaína. Mais uma precoce partida, aos 20 anos. Mais uma história interrompida pelo álcool, pela maconha e cocaína.
Diante das histórias de Adriana, Nelson, Cristiane e de tantos outros jovens, talvez seja hora de refletirmos sobre os valores que norteiam a nossa sociedade.
Uma sociedade de consumo voraz, que transformou a busca do prazer imediato e da satisfação numa condição existencial essencial.

Jovens desorientados, que buscam nos prazeres ilusórios uma forma de se libertar do peso de uma sociedade que desumanizou o homem e humanizou o dinheiro e os bens materiais.
Tristes retratos do fracasso dos laços de sociabilidade familiar e comunitária.
O desamor e o não-reconhecimento afetivo servindo de pilares para uma vivência vazia.

Que sociedade é esta que construímos, tão repleta de valores desvirtuados?
Talvez seja hora de, enfim, refletirmos com mais atenção sobre o impacto devastador da nossa atual programação televisiva, que golpeia especialmente, com cruel violência, crianças, jovens e adolescentes.

Anúncios que associam a felicidade e o bem-estar ao consumo de bebidas alcoólicas. (uma droga tão ou mais nociva que as ilícitas)
Artistas com imenso apelo junto ao público infanto-juvenil servindo de “exemplo” para gerações de crianças e adolescentes.

E nós arcamos com os danos e custos sociais decorrentes.
Empresários, artistas, publicitários e donos de emissoras de tv faturam bilhões.
Programas que massacram a subjetividade e anulam o senso crítico, banalizando e mercantilizando a existência.

“ Vamos bisbilhotar” “ Pode espiar à vontade” “ Pra que educação, arte ou cultura?” “ Vamos banalizar a existência” “ Viva a futilidade!”
A torrente abusiva de publicidade que invade os lares e formata a mente de crianças e adolescentes desde a mais tenra idade.

A mensagem impregnada em mentes indefesas, de que somos o que possuímos, e que viver se resume a consumir.
“ Troque de carro, troque de celular, beba mais cerveja, etc. etc. etc...”
Uma vida centrada em bens materiais, uma existência sem um sentido ou propósito mais nobre.

Nada melhor do que a televisão para preencher uma vida vazia, carente de aspirações elevadas e sem padrões morais firmes...
Não seria uma vida vazia de propósito, sentido e conteúdo uma porta de fácil entrada para o abuso do álcool, a maconha, a cocaína, o crack e todas as demais drogas que entorpecem a mente?

Talvez seja hora de refletirmos sobre como a atual programação televisiva está contribuindo para solapar as bases éticas e morais necessárias para que crianças, jovens e adolescentes possam resistir às falsas promessas que as drogas (lícitas e ilícitas) oferecem.

Acreditar que as forças policiais conseguirão sozinhas algum dia resolver o problema das drogas é ignorar as causas reais que alimentam a degradação moral, e o tráfico e vício subsequentes.

O máximo que as forças policiais isoladamente conseguirão é prosseguir na sua heroica tarefa de “enxugar gelo”,... ...entupindo cada vez mais e mais e mais as já desumanas e superlotadas prisões.
Para reverter a batalha contra as drogas, devemos buscar novos paradigmas sociais e existenciais. Buscar corrigir as causas estruturais que conduzem ao vício que alimenta o tráfico.
Vejamos alguns componentes do nosso complexo mosaico social tão repleto de falhas, que precisam ser discutidas e sanadas caso queiramos construir uma sociedade soberana e livre:...

Individualismo Exacerbado s Criminalidade e Violência s s s Uso de Drogas Ilícitas s s Baixa qualidade da Educação s Corrupção Política Graves Desigualdades Sociais Materialismo e Consumismo Pobreza Moral e Cultural Consumo de Bebidas Alcoólicas Programação Televisiva
Individualismo Exacerbado s Criminalidade e Violência s s s Uso de Drogas Ilícitas s s Baixa qualidade da Educação s Corrupção Política Graves Desigualdades Sociais Materialismo e Consumismo Pobreza Moral e Cultural Consumo de Bebidas Alcoólicas Programação Televisiva Talvez seja hora de acordarmos para o fato de que a epidemia das drogas é apenas um dos sintomas de um problema muito mais amplo, que encontra sua origem no grave descaso com a Educação e a Infância no país.

O escritor José Saramago dizia: “ Para se acabar com as velhas prisões, É necessário construir novas escolas.”
“ No Brasil, a educação das massas ainda é uma utopia verde-amarela.” Silviano Santiago
Na guerra contra as drogas, mais importante do que soldados e policiais são os professores e educadores.
Uma educação plena, capaz de transmitir valores e virtudes, conduzindo cada criança em direção à sua plenitude.

Uma educação capaz de banhar de sentido, propósito e bondade as vidas que iniciam sua jornada pelos caminhos do mundo.
O legítimo anseio que todos trazemos no peito, de descobrir por que existimos, e de revestir os nossos dias de beleza, poesia, propósito e dignidade.
O desejo de “ver com olhos livres”.
A “alegria dos que não sabem e descobrem”.
Há que se cuidar do broto, para que a vida nos dê flor e fruto.
Trocar o amargo reprimir e remediar pela doçura de amar, ensinar, prevenir, e juntos descobrir.

“ Só a participação cidadã é capaz de mudar esse país.” Betinho